No Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, a cidade de Feira de Santana ganha um novo e expressivo marco cultural com o lançamento de “Milena e o Lápis de Cor”, obra da escritora, professora e pesquisadora Cláudia Gomes. O livro reafirma o compromisso da autora com a literatura antirracista e com a defesa da representatividade como instrumento de transformação social.
A protagonista, Milena, uma menina de oito anos, descobre o poder de se reconhecer nas próprias imagens após receber, durante uma aula sobre cultura afro-brasileira, uma caixa especial de lápis de cor. Pela primeira vez, ela encontra o tom exato para se desenhar — e, com isso, passa a ilustrar a sua família, a sua história e os sonhos que carrega no coração.
A obra celebra a infância, a ancestralidade e o direito de todas as crianças de se verem nas narrativas que consomem, valorizando a educação como caminho para enfrentar o racismo.
Cláudia Gomes é uma das mais importantes vozes da literatura baiana contemporânea. Doutora em Educação, Mestra em Letras e Especialista em Língua Portuguesa, é professora, poeta e escritora. Integra três instituições literárias: Academia Feirense de Letras (Cadeira 7), Academia Metropolitana de Letras e Artes de Feira de Santana (Cadeira 2) e ALAFS (Cadeira 36).
Com mais de duas décadas dedicadas à escrita e à educação, Cláudia possui uma obra vasta que transita por poesia, literatura infantil, romance e estudos acadêmicos. Entre seus títulos estão: Catadora de Versos, Condado Poético (finalista do Prêmio Jabuti), Malinche: Confissões de um Flamboyant, Joaninha, Cadê Suas Bolinhas?, Vovó é uma Sereia, Pespontos em Prosa e Verso, Poeminhas na Palma da Mão, As Tranças de Bebel, Emilinho: O Pequeno Sonhador, O Pequeno Príncipe Sertanejo (2º lugar no FLIPOÇOS), Leve Bagagem, Revoada, Luz: A Menina do Colar de Pérolas, Baú de Versos, Catadora de Versos – 2ª Edição, A Menina do Vestido Amarelo e o livro acadêmico Enleituramento do Texto Afro-Brasileiro, entre muitos outros.
Organizadora de projetos literários que dão visibilidade a novas vozes, assinou obras como Vidas Perfumadas, Metamorfose Poética, Castelo dos Poemas Encantados, Vozes Baianas Estudantis e Escrevivências Poéticas Estudantis.
Participou de diversas antologias nacionais e internacionais, incluindo Cadernos Negros: Poemas Afro-Brasileiros 39 e 43, reforçando seu compromisso com a literatura que dialoga com ancestralidade, memória e resistência. Mãe de três filhos e amante dos animais, Cláudia recebeu a Comenda Maria Quitéria e o Título de Cidadã Feirense em 2025.
O lançamento de “Milena e o Lápis de Cor” também evidencia a importância de escolas e bibliotecas valorizarem os autores regionais, reconhecendo sua contribuição para a cultura e para a formação de leitores. Em cidades com tradição literária como Feira de Santana, incluir obras de escritores locais nos acervos é uma forma de preservar a memória coletiva, fortalecer identidades e oferecer às crianças histórias que dialogam diretamente com seu território e cotidiano.
A literatura regional aproxima afetos, amplia horizontes e mostra que a arte também nasce ao lado de casa.
Neste 20 de novembro, “Milena e o Lápis de Cor” chega ao público como uma obra necessária — pela mensagem antirracista, pela valorização da identidade negra e pela força da escrita baiana contemporânea. Cláudia Gomes reafirma, mais uma vez, que literatura é resistência, afeto e ferramenta de transformação.

Para adquirir o livro, os interessados podem contatar diretamente a autora:
Instagram: @claudia_gomes_poeta
WhatsApp: (75) 99129-6323
E-mail: escritoraclaudiagomesba@gmail.com
Cláudia Gomes afirma sentir-se profundamente feliz por usar sua escrita literária como instrumento para tornar o mundo mais justo, mais sensível e mais humano.