Livro Coração Periférico atravessa barreiras e mostra ascensão de Diego Rbor na poesia contemporânea.

A obra Coração Periférico, lançada de maneira independente e registrada pela CBL — Câmara Brasileira do Livro — é o sétimo livro autoral do poeta nascido em Taipas, São Paulo.

Prestes a celebrar 37 anos no dia 14 de abril, Diego Rbor é criativo na literatura nacional periférica, que tem ganhado espaço e reconhecimento por trazer à tona vozes e realidades muitas vezes ignoradas e negligenciadas pela mídia e pelas correntes literárias mainstream.

Diego escreve sobre questões particulares, culturais e sociais como família, educação, afetos, amor, descolonialidade, gênero, sexualidade, ecologia e desejos aprofundados em diversidade e riqueza de experiência. O trabalho do poeta pesquisa e questiona as complexidades e injustiças sociais, ao mesmo tempo em que provoca uma revolução íntima: o autor acredita na poesia como fonte de autonomia pessoal, novas sensações e conhecimentos comoventes.

Sua história é marcada por desafios e superações. A resiliência em enfrentar adversidades transformou essas experiências numa arte arrebatadora, que moldou sua trajetória e enriqueceu o cenário literário com perspectivas únicas de representatividade e resistência.

Diego Rbor

As publicações recentes quebram barreiras ao tocar em temas vitais. No livro antecessor, Bacântico, o poeta mergulha no erotismo e desafia expectativas ao expandir fronteiras do que é frequentemente representado na literatura marginal, abrindo portas para discussões amplas sobre identidades e expressões artísticas — principalmente em lugares que ainda enfrentam barreiras no diálogo aberto sobre temas relacionados ao desejo. O livro ganhou exposição no Festival Vórtice.

Já em Peitupi, Diego reflete sobre relações e constelações familiares, analisando a própria narrativa atípica. No Coração Periférico, o leitor poderá conhecer e sentir a síntese da poesia contemporânea, que teve as participações do artista visual Yan Maia (ES) e do poeta e dançarino João Vitor Oliveira (RJ).

Ativista da causa LGBTQIAP+ e da ecologia, o artista opta por parcerias que estejam alinhadas com o bem-estar da natureza. A produção dos livros adere à neutralidade de carbono; as páginas fabricadas em folha pólen favorecem leituras, florestas e resistência impressa.

Conhecer e compartilhar a literatura periférica é base para garantir que vozes como a de Diego Rbor sejam ouvidas e valorizadas, contribuindo para um diálogo inclusivo. Coração Periférico está disponível na loja Descabeça Livros, na Galeria Metrópole, centro de São Paulo, e também na Amazon e demais livrarias espalhadas pelo Brasil e América do Sul, como a Labrys.

Em 2026, todas as obras do autor serão parte do acervo da Biblioteca Pública Érico Veríssimo, em Taipas, onde cresceu.

Enquanto divulga livros e dá oficinas, o autor percorre com a Coletive A Arte Liberta levando leituras e performances pela cidade. Em breve, a trupe se apresentará no Centro de São Paulo.

Diego Rbor

Acompanhe o escritor através do Instagram: instagram.com/diegorbor e seu coletivo em instagram.com/coletiveaarteliberta. O autor publica textos autorais periodicamente no site Escritama: diegorbor.wordpress.com.

Por Gabriel Melo